Livros
Sustainability in the 21st Century - The Power of Dialogue
Resumo
Um dos principais desafios para a sustentabilidade é a participação ativa e a corresponsabilização dos cidadãos. O Projeto MARGov, vencedor em 2008 do Galardão Fundação Calouste Gulbenkian/Oceanário de Lisboa para a “Governação Sustentável dos Oceanos” promoveu a mobilização, envolvimento e capacitação dos diferentes stakeholders do Parque Marinho Luiz Saldanha ao longo de quase três anos.
Este livro tem como objetivo relatar e debater essa experiência, assim como outros casos de estudo. Como envolver, mobilizar e corresponsabilizar os stakeholders para que se tornem parte do processo de gestão? Como garantir a continuidade do seu envolvimento? Como potencializar as contribuições do grupo como um todo? Especialistas nacionais e internacionais debatem e partilham experiências e práticas sobre como construir efetivamente esse capital social indispensável.
Autores
Antonio García Allut, António Guterres, Catarina Grilo, Cristina Pita, Eliane Noya, Fernando Dias, Graça Gonçalves, Flávia Silva, Flávio Fernández, Iva Pires, João Ferrão, João Nildo de Souza Vianna, José Carlos Ferreira, Karl Bruckmeier, Laura Maria Goulart Duarte, Lia Vasconcelos (coordenação), Marco Painho, Maria João Ramos Pereira, Márilisa Coelho, Miguel Carneiro, Miguel Neves Santos, Óscar Vidal Calbet, Rita Sá, Rogélia Martins, Sérgio Oliveira, Stella Maris Vallejo, Stephen B. Olsen, Tiago Humberto Oliveira, Úrsula Caser, Viriato Soromenho-Marques e Yorgos Stratoudakis
Lia Vasconcelos (coord. & ed), Flávia Silva (ed), (2015) Sustainability in the 21st century – The Power of Dialogue pp. 285, Cafilesa.
Ano de publicação:
2015
Idioma:
Português
Contacto:
ISBN: 978-989-760-032-6
Lixo Marinho: Histórias de Crianças para Crianças
Resumo
Este livro reúne as seis melhores histórias do Concurso Nacional do Conto Infantil MARLISCO, desenvolvido no âmbito do projeto europeu MARLISCO – Marine Litter in European Seas: Social Awareness and Co-Responsability, que teve por objetivo incentivar e proporcionar uma oportunidade para as crianças do nosso país se familiarizarem com o problema do lixo marinho. O lixo marinho é um problema grave à escala mundial. Todos nós, miúdos e graúdos, devemos envolver-nos nesta causa.
Autores
Histórias desenvolvidas por alunos do 3.º ao 6.º ano do ensino básico.
Ilustradores
Ilustrações por alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Ano de publicação:
2013
Idioma:
Bilingue (PT | EN)
Contacto:
ISBN: 978-989-98246-0-7
Um Mar de Gente - Cidadãos cientistas e Cientistas cidadãos
Resumo
Mais do que um projeto, o MARGov – Governância Colaborativa de Áreas Marinhas Protegidas – consistiu no desenvolvimento de um diálogo colaborativo envolvendo os atores chave do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, na Arrábida. Este projeto apostou num modelo de governância colaborativa, em que cada parceiro se tornou um agente de mudança para a gestão sustentável da zona. Para isso foi essencial mobilizar todos os interessados e envolve-los ativamente no desenvolvimento de um modelo de cogestão responsável. As três componentes fundamentais do projeto: I) Construção e Facilitação do Diálogo Eco Social; II) Suporte Dinâmico Espacial; III) Educação e Sensibilização Ambiental; constituem a estrutura desta publicação, que descreve os três anos (2008-2011) de atividades e respetivos resultados.
Autores
Governância e Cidadania: Lia Vasconcelos (coordenação), Flávia Silva, Márilisa Coelho, Rita Sá, Ursula Caser, Graça Gonçalves, José Carlos Ferreira, Maria João Ramos Pereira
PPGIS: Marco Painho, Fernando Dias, Óscar Vidal Calbet, Paula Curvelo, Tiago Humberto Oliveira
Indicadores de Sustentabilidade: Maria Helena Costa, Tomás Ramos, Sandra Caeiro, Ana Sofia Marques, Mário Diniz
Modelação Dinâmica e SIG: Nuno Videira, Pedro Cabral, Marta Bastos
Autores
Gonçalo Carvalho, Henrique Souto, Isabel Victor, Joana Gaspar de Freitas, João Augusto Aldeia, Lia Vasconcelos, Luís Martins (coordenação), Margarida Castro, Marina Mendes, Rita Sá, Sara Martins
"Este livro (...) evolui a partir de três factos: a greve dos pescadores das armações, iniciada em novembro de 1896, e que se terá prolongada por vários meses; o relatório A Indústria da Pesca em Sesimbra (Março de 1897), da autoria de Baldaque da Silva, engenheiro hidrógrafo e oficial da marinha, membro da Comissão Central de Pescarias, que era então o órgão consultivo para a gestão das pescas em Portugal; o desejo antigo da população de Sesimbra, não só a piscatória, mas também notáveis locais e de fora, com a particularidade de alguns estarem ligados à cultura e ao mundo académico, que entre os anos 1960 e 1970 deram os primeiros passos para o estabelecimento de medidas de proteção das espécies piscícolas nos mares da Costa da Arrábida, movimento que culminaria na implementação do Parque Marinho Luís Saldanha nos inícios dos anos 1980." - Martins et al., 2013
"Em complemento, há uma ideia base que acompanha a nossa leitura da obra: a incógnita, a incerteza, que fazem parte do ciclo vital das comunidades da beira-água, seja dos profissionais da pesca, seja de cientistas e gestores, que vivem o dia a dia, muitas vezes com os pés assentes em suposições, em hipóteses de trabalho, em conjeturas, apesar de fundadas em longas empíreas. Muitas vezes tendemos a dar à possibilidade o estatuto de uma certeza, de uma teoria, porque este é o modo de nos mantermos onde estamos." - Martins et al., 2013
Resumo
Mares de Sesimbra - História, Memória e Gestão de uma Frente Marítima
Ambiente, Ciência e Cidadãos
Resumo
Esta publicação explora a presença de questões ambientais na comunicação social em contextos de ciência e tecnologia, para compreender a sua expressão na esfera pública e a sua evolução. Enquadramos estas questões nas tendências ao nível político-institucional do ambiente e no quadro normativo ambiental nacional.
Através da confrontação do quadro normativo e institucional com o reportar do ambiente na imprensa, extraem-se conclusões sobre o que tem sido o ambiente na esfera pública do país e exploram-se lições para o futuro na área da responsabilidade de comunicar o ambiente.
A publicação organiza-se em cinco partes: (1) Comunicar ambiente em ciência e tecnologia; (2) O percurso legal e institucional do ambiente: uma retrospetiva; (3) O ambiente como ciência nas páginas dos jornais portugueses entre 1976 e 2005: da imprensa “popular” à imprensa de “qualidade”; (4) O lugar do ambiente nos estudos sobre a ciência e a tecnologia na imprensa; (5) A evolução do ambiente na esfera pública.
Autores
Rui Brito Fonseca, Lia Vasconcelos, José Manuel Alho e Maria Adília Lopes
Desenvolvido pela FCT-UNL para a Direção Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU), tem enquadramento nos termos de referência para a elaboração de documentos de orientação no âmbito do Instrumento de Política “Soluções Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano” da Política de Cidades POLIS XXI e no tema “Governância Urbana com incremento de participação dos cidadãos e dos atores económicos e sociais”.
Esta publicação destina-se a técnicos e especialistas na área de planeamento e desenvolvimento urbano, à escala dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT) em dois âmbitos territoriais distintos: o âmbito intra-urbano e a cidade/região. Inclui um enquadramento conceptual da situação e uma análise da correspondente evolução de acordo com conceitos inovadores sobre os processos participativos em planeamento. Identifica os aspctos dominantes para assegurar boas-práticas. Propõe, também, metodologias de processos participativos e identifica alguns casos de sucesso com lições de relevância nacional e internacional.
Autores
Lia Vasconcelos (coordenação), Rosário Oliveira e Ursula Caser
Resumo
Governância e participação na gestão territorial
Biologia e Biólogos em Portugal. Ensino, Emprego e Sociedade
Biologia e Biólogos em Portugal. Ensino, Emprego e Sociedade
Resumo
Resumo
Nas últimas décadas, em Portugal como noutros países, o domínio da Biologia tem visto multiplicar os programas de ensino e as especializações e abrir-se um leque cada vez mais alargado de oportunidades de utilização do conhecimento neste campo ao serviço quer da governação pública, quer da atividade empresarial privada, quer ainda de organizações e movimentos da sociedade civil em áreas como o ambiente e o mar, a saúde, a agricultura ou a alimentação. Têm crescido ao mesmo tempo os dilemas dos Biólogos, confrontados com novos reptos éticos e responsabilidades sociais num planeta onde são mais elevadas as expectativas, mas também os temores em face do progresso científico e tecnológico em domínios como a genética e as biotecnologias, por exemplo.
O estudo que agora se apresenta tem precisamente por objeto a Biologia, como disciplina científica e atividade profissional, e os seus praticantes, os Biólogos. Com este estudo pretendeu-se investigar, analisar e interpretar várias facetas da relação múltipla e complexa entre a Biologia e a sociedade em Portugal. Numa perspetiva integrada, consideraram-se, em especial: a formação da Biologia como ciência e como atividade com crescente impacto económico e social; a organização do ensino e da formação nesta área; o emprego, desempenho e organização profissional dos biólogos; a interface entre a Biologia, os biólogos e a sociedade em que se integram, incluindo o seu ativismo e protagonismo em organizações não governamentais e as imagens da Biologia e do biólogo na opinião pública.
Nas últimas décadas, em Portugal como noutros países, o domínio da Biologia tem visto multiplicar os programas de ensino e as especializações e abrir-se um leque cada vez mais alargado de oportunidades de utilização do conhecimento neste campo ao serviço quer da governação pública, quer da atividade empresarial privada, quer ainda de organizações e movimentos da sociedade civil em áreas como o ambiente e o mar, a saúde, a agricultura ou a alimentação. Têm crescido ao mesmo tempo os dilemas dos Biólogos, confrontados com novos reptos éticos e responsabilidades sociais num planeta onde são mais elevadas as expectativas, mas também os temores em face do progresso científico e tecnológico em domínios como a genética e as biotecnologias, por exemplo.
O estudo que agora se apresenta tem precisamente por objeto a Biologia, como disciplina científica e atividade profissional, e os seus praticantes, os Biólogos. Com este estudo pretendeu-se investigar, analisar e interpretar várias facetas da relação múltipla e complexa entre a Biologia e a sociedade em Portugal. Numa perspetiva integrada, consideraram-se, em especial: a formação da Biologia como ciência e como atividade com crescente impacto económico e social; a organização do ensino e da formação nesta área; o emprego, desempenho e organização profissional dos biólogos; a interface entre a Biologia, os biólogos e a sociedade em que se integram, incluindo o seu ativismo e protagonismo em organizações não governamentais e as imagens da Biologia e do biólogo na opinião pública.
Autores
Autores
Anabela Serrão, Filipe Oliveira, João Freire (coordenação), Lia Vasconcelos, Maria Eduarda Gonçalves (coordenação), Maria do Mar Gago, Pedro Lourenço, Ricardo Nogueira Mendes, Rui Brito Fonseca.
Anabela Serrão, Filipe Oliveira, João Freire (coordenação), Lia Vasconcelos, Maria Eduarda Gonçalves (coordenação), Maria do Mar Gago, Pedro Lourenço, Ricardo Nogueira Mendes, Rui Brito Fonseca.
Cidadãos pelo Ambiente: Conservação da Natureza e Biodiversidade em Portugal
Resumo
Ao longo dos últimos anos, em Portugal, as Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) têm influenciado activamente as decisões públicas. Mas o trabalho por elas desenvolvido permanece com frequência desconhecido. Este trabalho "invisível", que nalguns casos adquire grande controvérsia e exposição mediática, tem poucos ou nenhuns registos.
Este livro pretende justamente colmatar esta falha e revela o muito que tem sido feito pelas ONGA durante cerca de 60 anos de luta pela conservação da natureza e pela biodiversidade. Relatadas na primeira pessoa por 24 autores que nelas participaram, estas experiências, que são símbolos de generosidade, empenho, perseverança e cidadania, prestam afinal homenagem aos muitos voluntários incógnitos que têm tido a coragem de se assumirem com frontalidade, contribuindo para um mundo melhor.
Autores
Eugénio Sequeira, Rita Alcazar, Paulo Rocha Monteiro, Raimundo Quintal, José Paulo Martins, Francisco Petrucci-Fonseca, Domingos Leitão, Nuno Oliveira, Carla Gomes, Miguel Ramalho, Francisco Ferreira, José Domingos, José Alho, Fernando Pessoa, Nuno Pedrosos, Domingos Patacho, Paulo Magalhães, Lurdes Soares, Carlos Costa, João Joanaz de Melo, Maria João Pereira, Jorge Palmeirim, Samuel Infante, José Teixeira. Coordenação: Lia Vasconcelos, José Alho, José Paulo Martins.
Associações que ofereceram testemunhos: Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, Grupo Lobo, LPN – Liga para a Protecção da Natureza, Parque Biológico de Gaia, Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, Plataforma Sabor Livre, SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Ano de publicação:
2009
Idioma:
Português
Contacto:
ISBN: 978-989-8025-78-4
(In)compatibilidades dos processos socio-urbanísticos. Desafios Metodológicos
Resumo
O interesse em estabelecer-se uma relação interativa entre as necessidades, problemas e as potencialidades sociais, físicas e urbanas dos territórios é transversal em muito dos propósitos contemporâneos de plano, projecto, intervenção e gestão urbana que primam pela participação e sustentabilidade. Teoricamente, as abordagens interactivas do território já adquiriram um estatuto de apoio e guia de reflexão e ação. No entanto, a criação de mecanismos para a implementação, apoio e desenvolvimento deste princípio interactivo e multidimensional em / com o território ainda está longe de ser fácil.
Este artigo baseia-se nas experiências de intervenção social e urbanística de dois casos portugueses para explorar formas inovadoras de políticas públicas urbanas de desenvolvimento sustentável e de intervenção sócio-territorial em contextos vulneráveis. O objetivo é reflectir sobre os aspectos metodológicos considerados fundamentais no contexto da preparação e consolidação da dinâmica socio-territorial de intervenção. Os autores recorrem a dois casos de estudo para discutir os seguintes aspectos: (1) o conforto entre objetivos interactivos de acção e uma rígida responsabilização funcional dos conhecimentos técnico; (2) a necessária garantia de continuidade do processo para a implementação de um plano de ação desenvolvido de forma colaborativa; (3) os actores a envolver na identificação das necessidades, problemas e potencialidades sociais e urbanas. Os dois estudos de caso serão utilizados para ilustrar as questões anteriormente levantadas. Finalmente, através das lições aprendidas com essas duas experiências, os autores discutem a relevância da componente de apoio técnico e metodológico no contexto da construção e consolidação do processo participativo e da governança urbana
Autores
Marluci Menezes, Lia Vasconcelos
Ano de publicação:
2010
Idioma:
Português
Contacto:
ISBN: 978-972-49-2195-2
A intervenção socio-urbanística em contextos de risco. Dos processos de participação à dimensão técnico-metodológica de apoio à decisão
Resumo
Pretende-se apresentar e reflectir sobre alguns aspectos metodológicos considerados como fundamentais no âmbito da preparação e consolidação de dinâmicas de intervenção sociourbanística. Parte-se de duas experiências de apoio e consultoria ao Instituto de Habitação de Reabilitação Urbana: 1) o apoio técnico-metodológico que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil desenvolveu ao Projecto “Velhos Guetos, Novas Centralidades” (com apoio de Fundos Europeus EFTA) no Bairro das Alagoas (Peso da Régua) e em Rabo de Peixe (Açores); 2) a elaboração de propostas participadas de intervenção socio-territorial a encetar no Bairro da Cova da Moura (Amadora), conforme a Iniciativa Bairros Críticos promovida pelo Governo Português e que visa implementar novas linhas de acção vocacionadas para a reabilitação urbana de contextos de risco. Defende-se que, através de equipas independentes, o apoio técnico-metodológico deve ser articulado a dois níveis: 1) como apoio directo às equipas técnicas de intervenção, visando a aplicação de uma metodologia integrada e consistente de projecto para a efectivação do aumento de qualidade de vida das populações e dos territórios de intervenção; 2) como apoio à facilitação da interacção entre actores-chave do processo de intervenção, contribuindo para a articulação entre as componentes socio-territoriais de intervenção e o processo de decisão.
Autores
Marluci Menezes, Lia Vasconcelos
Ano de publicação:
2010
Idioma:
Português
Contacto:
ISBN: 978-972-49-2192-1
Explorando metodologias visuais para a compreensão do uso e apropriação do espaço público
Resumo
A partir de estudo exploratório - desenvolvido na Praça da República da Ericeira, situada na área metropolitana de Lisboa - em que se visou identificar algumas das características de uso e apropriação do espaço público urbano por imigrantes brasileiros, ressalta-se o potencial da utilização de metodologias visuais no conhecimento das práticas sociais.
Discute-se as vantagens do recurso às metodologias visuais no que respeita a cinco aspectos: 1) no processo de recolha e registo de informação; 2) nas múltiplas possibilidades de articulação entre técnicas de observação visual e técnicas de análise e interpretação da informação recolhida; 3) relativamente ao potencial inter/multidisciplinar subjacente ao uso de tais metodologias de trabalho; 4) na melhoria da capacidade compreensiva da diversidade e da complexidade social urbana; 5) no potenciar do mapeamento das práticas sociais dos imigrantes.
Esta comunicação discute, recorrendo ao caso concreto em estudo, como estes cinco aspectos podem contribuir para uma melhor compreensão do uso e apropriação do espaço por grupos específicos e para o delinear de iniciativas socio-urbanísticas que visem a integração social.
Autores
Marluci Menezes, Judith Allen, Lia Vasconcelos
TAIDIS: cidadania ambiental, informação e participação no contexto da Convenção da AARHUS
Resumo
O governo Português é signatário de uma parte substancial dos acordos e compromissos internacionais, nomeadamente da convenção de Aarhus, na qual assume o compromisso de assegurar ao cidadão o acesso à informação, à participação e à justiça em matéria de ambiente. Assim, é de particular relevância aferir, de uma forma independente e rigorosa, qual a situação de Portugal neste domínio.
A TAI [The Access Initiative], inicialmente estabelecida pelo World Resources Institute, propõe uma metodologia de base qualitativa e faz uso de indicadores para avaliar a participação dos cidadãos, o seu acesso à informação e à justiça em matéria ambiental, tal como está expresso no Princípio 10 (Declaração do Rio) e instituído pela Convenção de Aarhus (“Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa – Convenção sobre o Acesso à informação, Participação Pública no Processo de Decisão e Acesso à Justiça em Matérias Ambientais”).
Os indicadores da TAI procuram aferir os seguintes aspetos:
-
A abrangência e a qualidade do quadro legal no que concerne ao acesso à informação, participação, e desenvolvimento de capacidades;
-
grau de acesso a determinadas informações sobre ambiente;
-
grau de participação pública nos processos de decisão;
-
A abrangência e qualidade dos esforços de desenvolvimento das capacidades no sentido de encorajar uma participação publica informada e substantiva.
Uma vez terminadas as pesquisas, as ferramentas desenvolvidas pela TAI permitem produzir um relatório pormenorizado, suportado por uma ampla demonstração empírica.
Esta publicação explora a implementação do projeto TAIDIS, que envolveu diversas ONG portuguesas, descreve a implementação metodologia TAI em Portugal, e apresenta os principais resultados nas áreas da Informação, Participação e Capacitação.
Autores
Lia Vasconcelos, Susana Fonseca
Environmental Activism in Society
Resumo
A Fundação Luso-Americana desenvolveu um programa multifacetado em matéria de Ambiente, que se centra no fortalecimento das capacidades das organizações não-governamentais (ONGs) para atender às crescentes responsabilidades. Os papéis das ONGs são muitos e podem variar entre os países, dependendo do cenário cultural. As ONGs desempenham importantes funções como líderes do diálogo com cidadãos privados, pontes entre instituições do setor público, ou nível político, e o homem na rua. Ao fazê-lo, as ONGs podem representar os cidadãos para contestar os abusos do poder público, ou chamar a atenção da autoridade pública para proteger o interesse dos cidadãos contra os abusos por interesses privados. A Fundação acredita que ao comparar as atitudes, estratégias e estruturas das ONGs de Ambiente de Portugal com ONGs nos Estados Unidos, pode revelar pontos fortes ou fracos e fornecer orientação para mudanças positivas.
Ao longo de vários anos e em ampla frente de investigação, a Professora Lia Vasconcelos tem sido líder e parceira desta Fundação, ajudando a organizar conferências, prestando assessoria em trabalhos com ONGs e agora, com Idalina Baptista, trazendo para o público este valioso livro sobre as lições aprendidas do trabalho de investigação sobre ativismo ambiental, com o apoio da Prof. Judith Innes da Universidade da Califórnia-Berkeley. Este livro surge de uma conferencia realizada na Fundação por Lia Vasconcelos com especialistas em ONGs em Portugal e nos Estados Unidos, e chega até nós num momento em que as organizações governamentais enfrentam capacidades declinantes para controlar questões públicas cada vez mais complexas e preocupadas com as dimensões humanas, onde é requerida uma grande resiliência na liderança das ONGs. A Fundação tem o prazer de apoiar esta nova publicação.
Autores
Lia Vasconcelos, Idalina Baptista