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“Espaços de coexistência entre os vários mundos que partilham vivências, na nossa sociedade atual, os Bairros como a Cova da Moura constituem exemplos vivos de formação de sociabilidades e lições de vida num mundo cada vez mais individualista. Numa altura em que os especialistas do espaço urbano se preocupam com o “fazer cidade”, têm mais que mergulhar nestas sociedades em que a riqueza se situa nas relações interpessoais construídas ao longo de anos numa partilha de inter-ajuda.” (Diagnóstico para a Intervenção Socio-Territorial, Vol. 1, p. 159)

O projeto (2006) visou criar um processo de intervenção socio-territorial participada num bairro étnico autoconstruído através de uma plataforma de atores-chave – especialistas e não especialistas (administração pública central e local, associações locais de residentes e ONGs atuando no terreno) – tendo sido desenvolvidos uma caracterização conjunta, um plano de ação consensual e um modelo colaborativo de gestão, como uma nova forma de governância para a intervenção urbana pública.

COVA DA MOURA – Intervenção Socio-Territorial Participada  

O projeto COVA DA MOURA – Processo de Intervenção Participada Socio-Territorial (2006) visou promover a inovação na intervenção em políticas publica urbanas através de novas formas de governância  . O projeto decorreu num bairro do concelho da Amadora e desenvolveu-se no âmbito da Iniciativa Operações de Qualificação e Inserção Urbana de Bairros Críticos (Resolução do Conselho de Ministros nº 143/2005, de 2 de Agosto). Teve como elemento central um Grupo de Parceiros Locais (GPL) investido de poder de decisão pelo governo que funcionou como uma plataforma articulador entre o contexto formal e o não formal, onde foi desenvolvido colaborativamente um diagnóstico, um plano de ação e um modelo de gestão. Estes foram posteriormente contratualizados pelo GPL e o Governo. 

 

A componente de participação do projeto, da responsabilidade da equipa do wTeamUp, recorreu a:

 

  • uma Abordagem de Interação Ativa, baseada na realização de reuniões com o Gabinete de Parceiros Locais (GPL), na organização de workshops alargados a todos os interessados no processo e ainda em contactos pessoais com elementos-chave da comunidade local;

 

  • uma Abordagem de Suporte, para aprofundar os resultados da interação ativa, através da aplicação de mecanismos de reforço da participação, tais como: (1) inquérito/entrevistas para caracterização dos parceiros; (2) criação de Espaços de Atendimento/Continuidade; (3) criação de elementos de continuidade com os parceiros;

 

  • uma Abordagem de Acompanhamento Socio-Territorial, para aprofundamento, debate, estabilização e validação (1) do Diagnóstico; (2) da análise SWOT; (3) dos Eixos Estruturantes; (4) dos Pilares de Ação; (4) do Plano de Ação; (5) e do Modelo de Gestão.

 

Recorreu-se a técnicas e metodologias interativas de modo a fomentar o diálogo entre todos os participantes, potenciando uma discussão aberta e transparente, a circulação efetiva de informação, e promovendo o desenvolvimento de soluções construídas conjuntamente. O trabalho desenvolvido em cada um destes espaços de diálogo possuiu uma continuidade própria, construída sobre documentos de trabalho à medida que os mesmos eram elaborados de modo a se desenvolver, gradualmente, o diagnóstico, uma proposta de ação conjunta e um modelo de gestão.

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Documentos

Volume I – Diagnóstico para a Intervenção Socio-Territorial

Volume III – Memória do Processo Participativo

Volume II – Plano de Ação e Modelo de Gestão

CIDADES E GOVERNÂNCIA (A DIMENSÃO HUMANA) - Os Cidadãos Precisam de ser Envolvidos nas Decisões que os Afetam, 26 de Abril de 2010, Mediateca - Human Habitat (http://construcaosustentavel.pt/index.php?/item/lia-vasconcelos-human-habitat-2010?category_id=252).

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